O verme-cabeça-de-martelo tem esse nome pelo formato da cabeça, que cresce para as laterais enquanto o restante do corpo segue similar aos demais vermes. Apesar de ser originário da Ásia, o animal começou a se espalhar pelo mundo. Biólogos já encontraram o verme no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.
No ano passado, o biólogo Fabiano Soares compartilhou um vídeo que alcançou mais de 100 mil visualizações porque mostrou um exemplar da espécie encontrado pelo estudioso no Rio Grande do Sul. E em Minas Gerais, moradores também se assustaram com o animal que apareceu em Belo Horizonte.
Se trata de um platelminto hermafrodita, o que significa que ele tem ambos os órgãos reprodutivos, masculino e feminino. Esses vermes apresentam uma regeneração avançada, por isso, conseguem se multiplicar também quando cortados. Para a caça, esse verme utiliza a toxina do muco, a tetrodoxina. Baiacus e polvos podem utilizar a mesma toxina. Por uma questão de dosagem, o animal não representa uma ameaça aos seres humanos, entretanto, sua toxina ataca o sistema nervoso, provoca dormência e poderia ser fatal em dosagens mais altas.
Geralmente ficam em solo úmido, preferencialmente abaixo de folhas, pedras e materiais em decomposição. Com o tamanho que varia desde 2 centímetros até 40 centímetros, especialistas consideram que esses animais são um risco para os ambientes aonde se encontram. Primeiro pela facilidade de procriação e segundo porque é um predador voraz de caracóis, lesmas, larvas de inseto e minhocas. A espécie também pode se alimentar de outros vermes, inclusive seus semelhantes, se preciso.
O Departamento de Proteção Ambiental de Nova Jersey (EUA) destaca que para interagir com esses animais, recomenda-se o uso de luvas. Além disso, caso seja necessário erradicar o animal do seu lar, indica-se que utilize sal, ácido bórico, vinagre ou óleo cítrico.