Em agosto, o Brasil inteiro intensifica o debate sobre a violência contra a mulher. Conhecida como Agosto Lilás, a campanha foi criada em referência à Lei Maria da Penha e surgiu para amparar mulheres vítimas de vários tipos de violência como física, sexual, psicológica, moral e patrimonial. Em Quirinópolis, neste ano, a Secretaria Municipal de Promoção e Assistência Social, por meio do CRAS, trabalhou o tema com as alunas do Projeto Conviver, com um recorte ainda mais específico sobre o assunto: a violência contra a mulher idosa.
Para isso, na última segunda-feira (28), psicólogos, assistentes sociais e alunos da Faculdade Quirinópolis (FAQUI) realizaram um momento especial de muito diálogo, troca de ideias e aprendizados no Centro Comunitário Dona Margarida. Como explicou a coordenadora do CRAS, Daiane Arantes, “foi uma ação pensada de uma forma articulada porque, além de nós termos aqui psicólogas e assistentes sociais do CRAS, temos a parceria da FAQUI que trouxeram materiais explicativos sobre a violência contra o idoso”.
Nas discussões, a equipe mostrou que, em 2023, a violência contra a pessoa idosa aumentou 38% no Brasil, a partir de um levantamento feito pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que revelou mais de 65 mil denúncias em todos os estados do Brasil e Distrito Federal. Por isso, entendendo a urgência do tópico, as alunas aprenderam a identificar formas de violência, como denunciar e, acima de tudo, como prevenir a ocorrência de novos casos no convívio familiar e social, reforçando que a prevenção é uma responsabilidade coletiva.
Neste sentido, Daiane conta que trabalhos assim são realizados de forma recorrente pela Assistência Social e que a escolha do grupo para debater o tema foi pensada com base no público-alvo da campanha. “Essa é uma ação do CRAS que leva até os grupos que temos dentro da Assistência um trabalho preventivo dentro das ações de políticas públicas. Como estamos no mês de agosto, estamos trabalhando o Agosto Lilás para a sensibilização dessas comunidades em relação à violência contra mulher e, por isso, mais especificamente, escolhemos o grupo do Conviver, que é uma oficina do CRAS que trabalha com bordados, crochês, ponto-livre em encontros semanais”, explicou por fim.