Quando dona Petronilha e seu João Rocha criaram a Chica Doida, certamente não imaginavam que, mais de 70 anos depois, o prato moveria verdadeiras multidões em um festival que levaria seu nome e duraria dias. Com certeza, não imaginavam que, hoje, ele seria um patrimônio cultural e imaterial de Goiás. Não tinham ideia que, naquele dia, estavam fazendo história. Há seis anos, o Festival da Chica Doida acontece, mas, em 2023, ele se consolidou de verdade, se tornando o maior da história. Maior e mais moderno, o Festival reuniu, neste ano, mais de 38 mil pessoas que passaram pelo parque de exposições para provar desta iguaria tipicamente quirinopolina, participar de oficinas, apreciar grandes shows e lindas apresentações.

Neste domingo (7), aconteceu o último dia de festa. Como em todos os outros dias, a programação começou ainda pela manhã às 10h, quando dezenas de alunos da rede municipal de educação se uniram aos chefs Eduardo Di Castro e Mariana Rodrigues para aprender a preparar uma Chica Doida de verdade, passando a frente a tradição. Vestidos de minichefs, os pequenos aprenderam sobre os ingredientes principais do prato e colocaram a mão na massa para prepararem o seu próprio prato. Depois, foi só degustar à vontade.

Quando a noite caiu, a Banda Ledgers subiu ao palco e, ao som do pop rock, levantaram o público no Palco da Chica. Logo em seguida, o humorista Tiago Barnabé voltou a animar a plateia cheia de expectativa porque era hora de anunciar os ganhadores do concurso A Chica Mais Doida, tanto na categoria escolar, quanto popular e comércio. Ao todo, foram vinte mil reais em premiação e pratos de dar água na boca.

Mas, quando a festa foi transferida para o Palco de Shows, a expectativa aumentou mais ainda. Mais de 25 mil pessoas esperavam ansiosos para ver a cantora Ana Castela se apresentar. Crianças cantando as músicas em lágrimas, adultos gritando e pulando no Parque lotado, a boiadeira deixou marcas e fechou, com chave de ouro, a edição que entrou para a história, que aconteceu de forma segura e sem nenhuma ocorrência, um Festival que representou totalmente a essência do que é ser quirinopolino.