A Polícia Federal realiza, na manhã desta sexta-feira (27/1), a terceira fase da Operação Lesa Pátria. A ação tem com o objetivo identificar pessoas que participaram ou financiaram os atos golpistas no dia 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados.

Ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF, nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e no Distrito Federal.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de:

Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado,
Dano qualificado,
Associação criminosa,
Incitação ao crime,
Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Caso tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, a Polícia Federal solicita que sejam encaminhadas para o e-mail: [email protected].

As fases anteriores
A primeira fase da Operação Lesa Pátria foi deflagrada no último dia 20, com oito mandados de prisão e 16 buscas e apreensões. Um dos alvos no Rio fugiu pela janela e, até o momento, segue foragido.

Na segunda etapa, na segunda-feira (23), a PF em Goiás prendeu Antônio Cláudio Alves Ferreira, filmado ao derrubar e destruir o relógio do século 17 feito pelo francês Balthazar Martinot, no Palácio do Planalto.

Operação Ulysses
Há duas semanas, a PF deflagrou a Operação Ulysses, que buscava suspeitos de organizar e financiar o transporte e a hospedagem de bolsonaristas do Norte Fluminense que foram a Brasília para o atentado.

Três pessoas acabaram presas: o subtenente do Corpo de Bombeiros Roberto Henrique de Souza Júnior, Elizângela Cunha Pimentel Braga e o assessor parlamentar Carlos Victor Carvalho.