Um vídeo mostra a empresária Kelly Cristina de Oliveira passando por momentos de desespero após ser arrastada dentro do carro por uma enxurrada no Jardim Ingá, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Nas imagens é possível ver os moradores resgatando a mulher.
O incidente aconteceu na tarde de domingo (3), na Avenida Pompéia, cruzamento com a Rua Juiz de Fora, após uma chuva forte. De acordo com os dados do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), choveu um volume superior a 23 milímetros de chuva somente naquela tarde, sendo que 10 milímetros já é considerado uma chuva forte.
A motorista, que estava vindo de Brasília com um amigo dentro do carro, disse em entrevista à TV Anhanguera que a água subiu com muita velocidade chegando até o vidro. O amigo dela havia conseguido sair antes do veículo.
“Quando desci do quebra-molas, o carro ficou. Eu comecei a ficar em pânico, vendo a água subindo com muita velocidade. Quando eu tentei abrir a minha porta, eu não consegui, porque a água já estava na metade do vidro. A minha pressão baixou e eu comecei a chorar muito. Veio uma pessoa que eu nem sei quem é e conseguiu me resgatar pelo teto [solar].”, relatou a empresária.
Quase caiu em cratera
O local onde o carro ficou ilhado era próximo de uma cratera, que segundo moradores, foi formada há 30 anos e tem aumentado com o tempo. Casas próximo do local foram desabrigadas, devido a erosão.
Em nota, a Prefeitura de Luziânia informou que essa cratera é “o problema de infraestrutura mais grave existente no município” e que busca uma solução definitiva, contudo, a obra tem um custo de mais de R$ 20 milhões. Acrescentou que a Defesa Civil monitora o local.
Nota da Prefeitura de Luziânia
A Prefeitura de Luziânia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, esclarece que a erosão da rua Juiz de Fora é o problema de infraestrutura mais grave existente no município e é resultado de mais de 30 anos de abandono por parte de gestões passadas.
A solução definitiva do problema já está sendo providenciada, no entanto, pelo alto custo da obra (mais de 20 milhões), os recursos ainda estão sendo captados. Enquanto isso, as equipes da Prefeitura, juntamente com a Defesa Civil, estão monitorando o local e tomando as medidas possíveis para evitar maiores incidentes.