O policial militar Rafael Martins Mendonça, que foi preso suspeito de matar a mulher e a enteada de 3 anos, estava trabalhando de forma administrativa e teve a arma funcional recolhida desde que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) há cerca de três anos, segundo o delegado Adelson Candeo. Conforme o investigador, depois disso, ele ainda chegou a ser detido em 2019 por dirigir bêbado.

“Ele nunca tinha feito algo que demonstrasse que ele era psicologicamente alterado. Mas ele tinha tido um problema de saúde [AVC] e a Polícia Militar achou por bem afastá-lo das ruas e retirar a arma funcional. Entretanto, ele tinha essa arma pessoal, infelizmente”, contou.

Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia obtido contato com a defesa do suspeito para que se posicione. Além de matar a mulher e a enteada de 3 anos, ele ainda teria baleado outra enteada, de 5 anos, que sobreviveu.

Em nota, a Polícia Militar lamentou o crime e disse que vai prestar todo apoio à família das vítimas. A corporação ressaltou que o militar estava de folga no momento do assassinato e que não usava arma da polícia.

De acordo com o delegado, Rafael passou em um concurso da Polícia Militar em 2018 e assumiu o cargo no final daquele ano. Pouco tempo depois, ele teria tido o AVC e, desde então, teria passado a fazer serviços administrativos para a corporação.

Ainda segundo Adelson, antes de ser policial militar, Rafael chegou a ser indiciado, em 2015, por porte ilegal de arma de fogo.

“Em julho de 2019, ele foi preso por embriaguez ao volante, inclusive, eu era o delegado plantonista naquela ocasião. E isso já tinha acontecido naquela época. Foi bem no início da atividade profissional dele, logo após curso de formação de soldado da policia militar”, disse.

Fonte: G1